quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Campanha Criança tem que Brincar – Combate á Violência.



Constantemente nos deparamos com pais que ignoram a importância do brincar para o desenvolvimento físico e psíquico de seus filhos, ignorando que este possibilita processos de socialização e de descoberta do mundo. Também encontramos pais que consideram a brincadeira como um momento para entreter a criança. Temos observado que, ao longo dos tempos, o ato de brincar está relegado a um simples passatempo desprovido de qualquer outra função que não apenas a de ocupar as crianças em “coisas” divertidas.
Pelo brincar, ou seja, no simbólico jogo da brincadeira, a criança irá entender o mundo ao redor, testar habilidades físicas como correr, saltar; sociais como ser arquiteta, engenheiro, enfermeiro, professora; aprender as regras e limites e com isso favorecer o entendimento do lado positivo e negativo de suas ações, como ganhar, perder, cair. Brincar é criar, partir para a ação, é descobrir valores, aprender a conviver, trabalhar a auto-estima, a autonomia e a participação.
Brincar é aprender e, é claro, está diretamente ligado com a formação das crianças. Se desde cedo uma criança é estimulada á jogar “limpo” em um jogo, quando crescer a tendência dela fazer o mesmo em seu trabalho é quase que total. Apartir de brincadeiras é que as crianças aprendem a diferenciar o bem do mal, o certo do errado. A criação é tudo, sendo assim se desde cedo os pais estimularem o caráter de seus filhos seja em jogos, brincadeiras, etc... Com toda certeza estes não serão corruptos ao crescer. A formação correta das crianças é vital para um futuro menos violento em nosso país.
Porque o número de crianças que caem no tráfico é diretamente proporcional ao número de crianças menos favorecidas? Ou, que desde cedo levam uma vida difícil seja trabalhando, sendo exploradas, etc. Existe uma resposta óbvia para isso: criança precisa brincar. Toda criança necessita ter sua infância. É claro, que nem todo caso é por conta disso, existem suas execessões.
Porém, uma criança que é levada ás ruas e ao mundo real logo cedo acaba aceitando esta realidade ruim, que é a criminalidade das ruas, as injustiças, as diferenças sociais, etc... E assim ela acaba no mundo do crime gerando mais violência!
Já algumas crianças, por mais pobres e desfavorecidas que sejam, por terem tido uma infância “saúdavel” são com certeza as que vão á escola, as que tendem á ter um caráter mais definido e é claro por conta do estímulo da brincadeira têm mais imaginação.
A imaginação é o principal fator importante das crianças, pois é a ferramenta que os leva á idealizar, sonhar, e assim buscar a realização de seus sonhos (ser médico, astronauta, professora, polícial, etc).
É por isso que a APS está iniciando aqui uma campanha institucional sobre a importância da criança brincar. Assim fazemos nossa parte como ONG, evitamos que a violência se propague ainda mais investindo em nossas crianças, nossos futuros cidadãos do amanhã!

Entre com a gente nessa e participe você também, fique ligado em nosso blog logo postaremos o vídeo de divulgação da campanha! Não fique parado e faça a diferença. Atenciosamente, ONG Amparo Proteção Social.

Os caminhos para solução


Para um enfrentamento das causas, a participação de toda a sociedade – tanto cobrando soluções do Poder Público como se organizando em redes comunitárias de proteção e apoio, de desenvolvimento social e mesmo de questões de segurança pública – é um caminho apontado pelos especialistas. Não significa substituir as funções do Estado, mas trabalhar em conjunto. E é importante não transformar o diagnóstico, a identificação das causas, em motivo para mais violência. Afirmar que as áreas urbanas mais desprovidas de recurso facilitam a criminalidade não significa dizer que os moradores dessas áreas sejam culpados. Na verdade, além de enfrentar condições precárias de subsistência, essa população ainda é a principal vítima de crimes violentos.

Grande parte das ações necessárias está na gestão urbana, que compete aos municípios. Como a segurança pública é tarefa dos Estados, é preciso haver integração entre políticas urbanas e políticas de segurança pública.

A escola também é um ponto importante: espaço privilegiado de convívio e de formação da pessoa, precisa ter qualidade e se integrar à comunidade a sua volta. Escolas que permanecem abertas nos finais de semana, para uso da comunidade, conseguem quase eliminar o vandalismo em suas dependências.

Além de uma escola pública melhor, fazem parte da lista de ações recomendadas por quem estuda a violência uma polícia melhor equipada e um Poder Judiciário mais ágil e, se necessário, mais rigoroso.

Para proteger-se dos crimes contra o patrimônio, como fraudes, furtos e roubos, o sociólogo Tulio Kahn recomenda estratégias de “bloqueamento de oportunidades”: dificultar o acesso dos criminosos aos alvos por eles visados.

O ladrão age quando tem a oportunidade facilitada e pelo valor que possa obter com o produto do roubo. A mudança de alguns hábitos e a adoção de comportamentos preventivos, somadas a equipamentos de segurança que possam incluir de simples trancas reforçadas a sofisticados sistemas de monitoramento eletrônico de residências são recomendados pelos especialistas em segurança. A instalação de equipamentos deve levar em conta o patrimônio a ser protegido e, claro, a disponibilidade financeira (leia o capítulo “Dicas de prevenção”).

De uma maneira mais ampla, não basta somente proteger a si mesmo. Adalberto Botarelli, psicólogo social, cita o pensamento do filósofo Espinosa, segundo o qual agimos governados por três questões: 1) uma lógica transcendental, não se faz uma coisa porque é pecado; ou 2) uma lógica do medo, não se faz pela punição possível; ou 3) pelo bem comum, porque o bem do outro é o bem de si próprio – é a lógica da ética do bem comum. De acordo com a ética do bem comum, uma pessoa não vai se preocupar com a redução dos assaltos por ser um bem para si mesma, mas por ser um bem para toda a sociedade. Nessa lógica, não existe propriamente uma defesa contra a violência, mas sim a redução do medo.

Principais causas de violência


Se a violência é urbana, pode-se concluir que uma de suas causas é o próprio espaço urbano? Os especialistas na questão afirmam que sim: nas periferias das cidades, sejam grandes, médias ou pequenas, nas quais a presença do Poder Público é fraca, o crime consegue instalar-se mais facilmente. São os chamados espaços segregados, áreas urbanas em que a infra-estrutura urbana de equipamentos e serviços (saneamento básico, sistema viário, energia elétrica e iluminação pública, transporte, lazer, equipamentos culturais, segurança pública e acesso à justiça) é precária ou insuficiente, e há baixa oferta de postos de trabalho.

Esse e os demais fatores apontados pelos especialistas não são exclusivos do Brasil, mas ocorrem em toda a América Latina, em intensidades diferentes. Não é a pobreza que causa a violência. Se assim fosse, áreas extremamente pobres do Nordeste não apresentariam, como apresentam, índices de violência muito menores do que aqueles verificados em áreas como São Paulo, Rio de Janeiro e outras grandes cidades. E o País estaria completamente desestruturado, caso toda a população de baixa renda ou que está abaixo da linha de pobreza começasse a cometer crimes.
Outros dois fatores para o crescimento do crime são a impessoalidade das relações nas grandes metrópoles e a desestruturação familiar. Esta última é causa e também efeito. É causa porque sem laços familiares fortes, a probabilidade de uma criança vir a cometer um crime na adolescência é maior. Mas a desestruturação de sua família pode ter sido iniciada pelo assassinato do pai ou da mãe, ou de ambos.

No entanto, alguns especialistas afirmam que essa causa deve ser vista com cautela. Desestrutura familiar, por exemplo, não quer dizer, necessariamente, ausência de pai ou de mãe; ou modelo familiar alternativo. A desestrutura tem a ver com as condições mínimas de afeto e convivência dentro da família, o que pode ocorrer em qualquer modelo familiar.

Também não é o desemprego. Mas o desemprego de ingresso – quando o jovem procura o primeiro emprego, objetivando sua inserção no mercado formal de trabalho, e não obtém sucesso – tem relação direta com o aumento da violência, porque torna o jovem mais vulnerável ao ingresso na criminalidade. Na verdade, o desemprego, ou o subemprego, mexe com a auto-estima do jovem e o faz pensar em outras formas de conseguir espaço na sociedade, de ser, enfim, reconhecido.

Sem conseguir entrar no mercado de trabalho, recebendo um estímulo forte para o consumo, sem modelos próximos que se contraponham ao que o crime organizado oferece (o apoio, o sentimento de pertencer a um grupo, o poder que uma arma representa, o prestígio) um indivíduo em formação torna-se mais vulnerável.

O crescimento do tráfico de drogas, por si só, é também fator relevante no aumento de crimes violentos. As taxas de homicídio, por exemplo, são elevadas pelos “acertos de conta”, chacinas e outras disputas entre traficantes rivais.

E, ainda, outro fator que infla o número de homicídios no Brasil é a disseminação das armas de fogo, principalmente das armas leves. Discussões banais, como brigas familiares, de bar e de trânsito, terminam em assassinato porque há uma arma de fogo envolvida.